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O Próximo Capítulo da Inteligência Artificial

Vivemos um momento em que a Inteligência Artificial deixou de ser apenas promessa para se tornar infraestrutura estratégica. Hoje, ela já está presente em aplicações cotidianas, de ferramentas de produtividade a assistentes virtuais, e nas operações críticas de grandes empresas, onde gera ganhos concretos de eficiência, qualidade e inovação. 

 

Em apenas dois anos desde a popularização da IA generativa, avançamos de protótipos experimentais para soluções em produção, com impacto mensurável em setores como finanças, saúde, varejo e indústria. Esse salto comprova que a IA não é apenas uma tecnologia de suporte, mas um fator central de competitividade. 

 

Ainda assim, em 2025, são os humanos que definem as fronteiras: escrevem prompts, desenham fluxos de raciocínio, criam métricas de sucesso e estabelecem limites de uso para mitigar riscos. Esse equilíbrio entre criatividade humana e capacidade tecnológica é o que define a velocidade e a qualidade da transformação. 

 

Entre as tendências que moldam este ano, quatro movimentos merecem destaque: 

 

1. Multimodalidade como novo padrão

A IA multimodal é capaz de processar texto, imagem, áudio, vídeo e código de forma integrada. Ela deixou de ser diferencial e se tornou o novo patamar esperado dos modelos avançados. Essa evolução permite experiências muito mais ricas e personalizadas, como: 

  • Buscas que combinam voz, texto e imagem em um único comando;   
  • Assistentes virtuais capazes de interpretar exames médicos ou dados visuais em tempo real 
  • Plataformas criativas que geram conteúdos publicitários completos a partir de esboços simples 

Empresas já capitalizam essa tendência: a WPP acelera a criação de campanhas globais com IA multimodal, enquanto a Mercedes-Benz transforma seu assistente veicular em um copiloto inteligente, interativo e adaptado ao contexto de cada motorista. 

 

Esse movimento abre espaço para uma economia mais experiencial, onde a interação homem-máquina será cada vez mais natural, fluida e imersiva. 

 

2. Plataformas de agentes para escalar valor

Se os modelos de linguagem foram o motor inicial, os AI Agents são a engrenagem que conecta esse poder a aplicações práticas. Surgidos em 2024 como a ponte entre modelos e resultados de negócio, em 2025 ganham protagonismo com plataformas capazes de descobrir, orquestrar e automatizar fluxos complexos. 

 

Casos reais já despontam: o Banco BV, no Brasil, aplica a abordagem com o Google Agentspace para criar novos serviços digitais, enquanto a Deloitte usa agentes para conectar rapidamente fontes de dados e gerar insights antes invisíveis.

 

A expectativa é que, até 2028, segundo a Gartner, 15% das decisões de trabalho diárias sejam tomadas ou assistidas por agentes de IA. O desafio, contudo, será garantir governança, transparência e escalabilidade sem comprometer segurança e custos. 

 

3. Otimização do stack de IA

Se 2023 e 2024 foram marcados por experimentação, 2025 é o ano da eficiência. Com mais de 70% das empresas já registrando ROI positivo em IA generativa, o próximo passo é otimizar a infraestrutura e reduzir custos. 

 

Isso passa por: 

  • Adoção de hardware especializado (como chips otimizados para IA) 
  • Escolha criteriosa de modelos ajustados a cada caso de uso (em vez de aplicar grandes modelos genéricos a tudo) 
  • Criação de pipelines de MLOps mais enxutos e confiáveis
     

A LG AI Research é exemplo do potencial: ao repensar seu stack de IA, conseguiu reduzir custos operacionais em 72%, sem comprometer qualidade. Esse movimento mostra que, mais do que adotar IA, é preciso administrá-la com inteligência. 

 

4. Quebra de silos organizacionais

A demoratização do acesso à IA está derrubando fronteiras internas nas empresas.

 

Ferramentas como o Gemini, integrado ao Google Workspace, já permitem que times colaborem de forma mais ágil em documentos, planilhas, e-mails e reuniões, eliminando tarefas repetitivas e liberando energia criativa.

 

Esse fenômeno vai além da produtividade: ele muda a forma como empresas estruturam equipes e processos, reduzindo a dependência de áreas isoladas de tecnologia e colocando a inovação diretamente nas mãos dos colaboradores. Em outras palavras, a IA está se tornando um motor cultural de transformação. 

 

IA além das empresas 

Os impactos da IA ultrapassam os muros corporativos. Na ciência, o AlphaFold acelerou a descoberta de estruturas moleculares, revolucionando a biologia. O Asteroid Institute reduziu séculos de pesquisa astronômica para poucos meses com sistemas de análise inteligente. 

 

Na educação, a promessa é democratizar o acesso e personalizar o aprendizado, permitindo que milhões de estudantes tenham jornadas mais adaptadas às suas necessidades e estilos. 

 

Por fim, talvez a maior lição não esteja na tecnologia em si, mas nas pessoas. Curiosidade, humildade e ação continuam sendo os melhores “algoritmos” para navegar a complexidade do futuro. A IA é ferramenta poderosa, mas são os humanos que definem como e por quê usá-la. 

 

Sobre o SiDi
O SiDi atua com foco em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Fundado em 2004, conta com um corpo de mais de 700 profissionais altamente especializados, incluindo mestres e doutores. Seus profissionais possuem conhecimento diferenciado em frentes como Inteligência Artificial, Data Science, MLOps e Segurança Cibernética, o que permite ao instituto oferecer soluções fim a fim usando tecnologia de ponta e as melhores práticas de mercado, que vão desde a concepção até a implementação e entrega de soluções e produtos. 



Com escritórios localizados nos maiores polos tecnológicos do Brasil – Campinas, Recife e Manaus –, o SiDi é parceiro de universidades reconhecidas no cenário de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, tais como PUC-CAMPINAS, Unicamp, USP, UFPE, UPE, UFRJ, UFC, UFMG e IFPE. O instituto é credenciado para operar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação pelo CATI, CAPDA (Lei da Informática) e ANP, e tem auxiliado grandes empresas em projetos que utilizam esses incentivos, assim como os programas de  P&D da ANEEL, Inovar PE, entre outros. Desde a sua fundação, o ICT atuou em mais de 1.200 projetos, sendo grande parte deles de abrangência global.