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Institutos e empresas dão a largada a projetos de conectividade veicular pela Fundep

  • 10/01/2024
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Oito projetos de inovação para conectividade veicular foram aprovados pela Fundação de Apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundep) e já estão em andamento. Serão aportados R$ 19,3 milhões em projetos colaborativos entre nove Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) com 31 empresas da cadeia automotiva e de tecnologia, segundo Keren Bigão Rodrigues Valadares, porta-voz da Fundep e responsável pela área de negócios e parcerias do Rota 2030 na instituição.

O investimento é uma das linhas do programa Rota 2030, de conectividade veicular, com coordenação técnica da UFMG.

Os projetos são focados em inovação para ônibus elétricos, descarbonização do tráfego veicular, segurança e privacidade de dados veiculares e pesquisas de mobilidade. Um dos projetos prevê o uso de inteligência artificial (IA) na análise automática de vias para manutenção inteligente de veículos.

Na última etapa de seleção dos projetos apenas sete estavam dentro dos critérios de avaliação e passaram por todas as fases de avaliação técnica. Mas o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, que foi aprovado na primeira etapa e reprovado na segunda, recorreu e passou após a revisão.

Os projetos vencedores, além do von Braun, são das universidades de Campinas (Unicamp), Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Norte (UFRN), de Santa Catarina (UFSC) e o instituto de ciência e tecnologia SiDi. Unicamp e UFPE tiveram dois projetos aprovados, cada.

 

Os aportes da Fundep por projeto variam de R$ 1,49 milhão a R$ 2,99 milhões. As instituições com seus parceiros empresariais devem arcar com uma contrapartida, ou desembolso, que vai de R$ 299 mil a R$ 1,7 milhão, dependendo do projeto.

 

Confira os projetos dos ICTs e as empresas parceiras

 

  • O projeto Gestão energética de ônibus elétricos em ambiente conectado é liderado pela Unicamp, com participação das empresas Eletra, Marcopolo e Carrorama
  • Projeto e Implementação de Dispositivo Seguro para Atualização Over-The-Air de Firmwares em ECUs Veiculares, da UFPE, conta com Fiat, Peugeot, Embeddo e TIM
  • Descarbonize.ai: Sistema Integrado para Análise, Monetização e Descarbonização do Tráfego Veicular, da UFRN, com Embeddo, Peugeot, Fiat, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volkswagen do Brasil (automóveis)
  • Data Lake Seguro e Ciente de Privacidade para o Armazenamento e Processamento de Dados Veiculares, da UFSC, com Bosch, Fiat, Mobway, Peugeot e Renault
  • CO2nnect – Plataforma de conectividade e descarbonização veicular, do SiDi, em parceria com as empresas CNHi, On Highway (Iveco) e Harman
  • Road – Análise automática de vias para manutenção inteligente de veículos, da UFPE, com Fiat, Peugeot, Embeddo, Volkswagen do Brasil (automóveis) e Volkswagen Caminhões e Ônibus
  • O Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun e Volkswagen do Brasil tiveram aprovado o projeto Rastreabilidade Automotiva Total, com as empresas Acura, Beontag, CNHi, Fiat, Ford, Hyundai, MNCAL, Motorola, Peugeot, Piccin, Prima Sole Componentes Automotivos, Prima Sole Components, Scania, Sem Parar e Tecsidel.
  • Rota Conectada: Ambiente de conectividade veicular para pesquisas de mobilidade avançada no Brasil é da Unicamp com Bosch, Eaton, Juganu, Mercedes-Bens, Stellantis e Volkswagen Caminhões e Ônibus

 

Inteligência artificial a bordo

O projeto ‘Road’, da UFPE, está relacionado a inteligência artificial. Receberá mais de R$ 1,49 milhão da Fundep e R$ 299,9 milhões em contrapartidas oferecidas entre as cinco empresas parceiras. O trabalho terá Veronica Teichrieb como coordenadora geral, respondendo ao centro de pesquisa.

 

Keren Bigão Valadares, porta-voz da Fundep e coordenadora do Rota 2030 — Foto: Divulgação Valor Econômico.

 

De acordo com Valadares, da Fundep, o projeto Road tem como objetivo principal o desenvolvimento de algoritmos avançados baseados em dados de sensores e inteligência artificial para análise e compreensão de vias trafegadas pelos veículos de diferentes modelos produzidos pela Volkswagen e Stellantis. Com isso, se pretende tornar a estimativa da vida útil dos componentes veiculares e os prazos recomendados de manutenção mais precisos.

O veículo inteligente, segundo Valadares, percebe a trepidação à qual está submetido através de sensores (acelerômetro e giroscópio) posicionados em partes específicas de sua cabine. Com isso, interpreta a partir dos padrões de trepidação o tipo de via que o veículo trafega em tempo real. Para isso, um modelo de aprendizagem de máquina treinado previamente durante o desenvolvimento do projeto irá funcionar dentro do próprio veículo, em um computador embarcado.

Essa informação será usada pela montadora para refinar o período de manutenção de forma personalizada para cada veículo, ganhando em assertividade e redução de custos com reparos, explica Valadares. Ao fim da geração do modelo de IA, espera-se que a classificação ocorra única e exclusivamente a partir dos dados dos acelerômetros.

As malhas serão utilizadas em simuladores que já fazem parte do fluxo de teste dos veículos da Volkswagen. Segundo Valadares, possuir malhas de diferentes tipos de vias será interessante para testar e validar os veículos projetados em diferentes condições de uso. O sistema será embarcado em um caminhão elétrico e-Delivery da Volkswagen Caminhões e ônibus.

 

Notícia original extraída do portal Valor Econômico:https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/01/07/institutos-e-empresas-dao-a-largada-a-projetos-de-conectividade-veicular-pela-fundep.ghtml

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