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Regenere-se!

  • 12/01/2024
  • Rogério Moreira
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Naquele momento, eu pensava estar em uma pasta temporária do IS-30 Plus – um computador de ponta na época, produzido pela Itautec. Era impressionante: 30 megabytes de disco, 640 KB de memória RAM e um monitor de altíssima resolução de 12 polegadas, com fósforo branco!

O IS30 Plus vinha com dois aplicativos: um editor de texto chamado “Redator PC” e uma planilha eletrônica “Calctec PC” – prenúncios do fim da profissão de secretária datilógrafa, como pensávamos na época.

Depois de apagar tudo no computador e perceber o erro, entrei em desespero. Adolescente, as opções pareciam drásticas: sair correndo, alegar que o computador “quebrou sozinho” ou assumir a responsabilidade. Optei pela última e pedi ajuda ao Dr. Paulo, o “Capitão”, como carinhosamente chamo meu pai. Advogado ilustre, ele já era fascinado por como as novas ferramentas, máquinas e tecnologias poderiam agilizar seu trabalho diário.

Originalmente, o processo começava no papel. Os livros de consulta eram físicos, e os textos eram redigidos à mão em blocos de folhas brancas ou amarelas. A caligrafia do Capitão, apesar de suas inúmeras qualidades, não é uma delas. O texto escrito era então passado à secretária, que o datilografava em uma máquina de escrever Remington ou IBM. Durante a revisão, esperávamos por poucos erros, pois adicionar ou remover um parágrafo poderia exigir a redigitação de todo o documento.

As máquinas de escrever começaram como manuais e evoluíram para elétricas. Lembro-me de que as mais modernas até tinham BACKSPACE! Era possível apagar um caráter, ou vários, até a fita de correção se esgotar.

Naquela época, o processo criativo, ou generativo, ocorria dessa forma, e todos viam isso como natural. Com o tempo, as ferramentas evoluíram. Surgiram computadores e editores de texto como o Word 4.0, 5.0, e assim por diante. Atualmente, são ferramentas tão integradas ao nosso cotidiano que, enquanto no passado o “conhecimento em pacote office” era um pré-requisito para entrevistas de emprego, hoje são habilidades quase naturalmente ensinadas nas escolas primárias e secundárias.

Hoje, com a Inteligência Artificial Generativa, o avanço tecnológico é muito mais rápido do que no passado? Provavelmente. E o impacto será sentido em diversas profissões? Acredito que sim. Talvez a história se repita, e os modelos avancem tanto que não haja diferenças significativas entre ChatGPT, Bard, Gemini ou LLAMA.

O que permanece é nossa capacidade de nos regenerarmos, aprender novas ferramentas e seguir em frente. E quem sabe, em algumas décadas, os modelos de linguagem ano 2023 sejam vistos como rudimentares quanto as máquinas de escrever sem backspace.

Enquanto isso, o Capitão segue no jogo, e grava reels no Instagram com seus relatos. Talvez, num futuro próximo, ele faça um fine-tuning em um LLM ou desenvolva seu próprio GPT para gerar seus documentos de maneira ainda mais eficiente, documentos esses que, num passado não tão distante, começaram no papel.

Regenere-se, enquanto há tempo!


PS: Esta é uma homenagem ao Captain, my Captain, que me introduziu ao fascinante e incrível mundo da tecnologia.

PS2: Texto revisado pelo GPT 4.0, mantendo a essência do texto original, corrigindo pequenas questões gramaticais e de clareza para torná-lo mais adequado para publicação. Regenerei.

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